Feliz, de boa, no bar, Ana sorria, cantava e cuspia palavras impensadas, coloridas, feitas para agredir ou acariciar... Vinho, tequila e vodka... Tão feliz, curtindo a glória do momento presente... Degustando vorazmente a falsa alegria, se agarrando com unhas e dentes aquele torpor bendito, ao fio frágil que é a satisfação postiça... Engolido vodka com Mágoa, vinho com solidão e tequila pura, vazia... Adiando o inadiável... Entorpecendo a dor, dor embriagada, esperando acordar com coragem ao primeiro sinal de sanidade...
Tantas perguntas, a sua frente tantas respostas, basta estender as mãos, para mergulhar numa piscina de entendimento... Parece ridículo sua cegueira diante da água azul de ira, mergulhada até o último fio de cabelo... Basta abrir os olhos... Medo... Talvez não arda tanto... Talvez, apenas talvez, passe logo.
[Poliana Fonteles]
[Poliana Fonteles]
"Doer, doe sempre, porque a vida toda é um doer"( Rachel de Queiroz)
Obrigada pela visita....aproveitei também para conhecer o seu cantinho que é um encanto....estou te seguindo....
ResponderExcluir"Doer, dói sempre. Só não dói depois de morto..."( Rachel de Queiroz)
Adorei a pequena crônica. Muito bom vir parar no Ceará através de seu blog!!! Aguardo você em Minas através do meu.
ResponderExcluirJoão Lenjob.
Fugas... Doces e perigosas fugas.
ResponderExcluirAdorei!
Beijos, flor!
Lindo demais!
ResponderExcluirDói..mas passa..
Bjs no core
olá Ana queremos que nos siga seria uma grande honra!
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