quinta-feira, 23 de abril de 2015

ENDIREITAR

Ferrenha e morta,
A quadra bruta da história torta
Destina a cor, o papel e o arranjo
O desigual é espezinhado,
Não tem porta, nem trinco.
Não tem espaço, tem jeito
Coloca num canto,
Trás para trás,
Esconde
Pisa
Entorta.

A humanidade vence a cor?
A cor é reclamada,
O tempo adoça a pele,
A luta se inflama.

Nossa música é negra.
Nossa dança é negra,
Nossa fala é negra
Mamulengos,  caxangá e  Papangus.
Orgulho do sangue que se apregoa nas veias,
Carregamos na pele a história doída
Fuzué, Gambé e Lambança.
Paguemos a dívida Languida.

Endireita, pois cansa.  

Um comentário:

  1. Polly...linda Polly!!

    Como sempre seus textos me encantam, você tem uma desenvoltura incrivel, admiravel pra criar e produzir seus textos...parabéns!!
    Amo estar aqui com você ♡

    Um abraço de alma...

    ResponderExcluir

É PRECISO PRAFORIZAR-SE...