Deixei cair espaços entre os pés, estilhaçou feito
vidro, espalhando pelo arco vazio de sua forma. Pisei firme e sai esmagando o
não dito, o “e se” proferido, a dúvida não esclarecida, pisei no sentimento gosmento e fedido da emoção vencida, fora de validade, não praforizada. Uma felpa das coisas deixadas para amanhã
penetrou no meu tornozelo, sangrando momentos não vividos. A dor desses espaços
vai pesando em sobrecarga, até cair aos nossos pés, fazendo sangrar.
Sim, tem cura, mas não vou
falar não, deixa para amanhã.
Poliana Fonteles
Que coisa linda... Transborda sentimentos profundos...
ResponderExcluir